Horizonte errado

É aqui, pinto meus pesadelos, derreto mesmo diante de pedras de gelo, aqui eu me encontro de um jeito que não é real, mas aqui também me perco...

A vida dos outros sempre me fascinou, não no sentido "Gossip", o que me prende é a facilidade com que todas as outras pessoas conseguem existir de maneira coerente e funcional. Nunca pude compreender ou mesmo acompanhar tais vidas, elas se perdem e se expandem sempre longe de mim, sempre. O engraçado é que as pessoas que eu mais amei na vida, no presente momento estão completamente afastadas de mim, não sei absolutamente nada do que se passa com elas e vice-versa, tinha tanta coisa que eu queria dizer para todas elas (pena que eu esteja, queimando meus neurônios e não vou lembrar de nada)

Temos a obrigação de viver em uma eterna reprise, simples mente porque o que já se passou foi incrível? Ou aceitamos que as temporadas (de séries ou de vidas) tem a irritante mania de acabar? Talvez eu esteja sendo patética demais, como de costume, mas acontece que bifurcações me deprimem e me perseguem ao mesmo tempo. Tudo tão profético, não?



Perdidos no meio do mato, completamente chapados, deitados na barraca minúscula:

- E então, está gostando da vida de hippie?- ele pergunta enquanto tenta fechar mais um Skank.
- Sinceramente? É  meio chato, né? Não tem muita coisa pra fazer (além de ficar catastroficamente chapado, claro.)
Ele ri e acrescenta enquanto tira uma mecha do meu cabelo:
- E desde quando você tem alguma coisa pra fazer?
- Pior! Me dá um trago?

E as aventuras começam, mando noticias... (O acampamento foi destruído por zumbis!)

Eu sou movida a paixão, seja por pessoas, coisas, músicas, animais. Quando eu vi você, sabia que finalmente eu voltaria a viver, eu sairia da minha cova profunda e viveria eternamente em meu estado normal, apaixonado, vibrante, profundo e delirante.

Você me abriu um mundo novo, uma vida nova, me deu de presente o mundo embrulhado em cetim rosa. E eu não posso ignorar isso, nunca.