Horizonte errado

É aqui, pinto meus pesadelos, derreto mesmo diante de pedras de gelo, aqui eu me encontro de um jeito que não é real, mas aqui também me perco...

Último dia do ano, últimas horas pra fazer algo que salve esses 365 dias, nada me vem no momento, então acendo um cigarro, continuo lendo hell (lolita pille) pensando se um dia vou comprir as milhões de promessas que fiz ao dels (ah, e eu escrevo Deus assim mesmo, ok?) do novo ano, pensando nas latinhas de kuat que quero secar, nas vezes que direi que a amo, e que isso tudo é verdade...
Que venha o dels de 2010.

Depois de um aniversário desastroso (ninguém lembrou e não ganhei presente algum!) a viagem dela, que querendo ou não sempre me deixa down, a quase reprovação no conexões e a verdade de ser um ser completamente imbecil, ainda estou respirando, o natal se aproxima com uma fúria quase assassina, por mim dormiria até o próximo ano, as pessoas me sufocam cada vez mais, estou só em uma casa de centenas de salas e milhares de janelas, tentando não fazer disso um drama muito grande, tentando não me jogar da janela ou algo do tipo, tenho 22 anos agora e não me parece que tenho feito as escolhas certas, nem escolhas eu tenho feito, estou á deriva deixando a correnteza me levar e se quer saber isto não me agrada nem um pouco...

Por motivo de força maior a dona desse blog só voltará a postar assim que se recuperar de uma doença terrivel chamada paixão, espero que isso ocorra logo!

Isso aqui virou um diário mesmo, né?

Hoje fui no senzala pra "comemorar" o fato de Luécya ter defendido a mono dela, digo comemorar por que meu animo estava situado no pé, é tão estranho o engraçado é que tento de todas as formas e maneiras possíveis não pensar nela, coisa que não adianta de porra nenhuma e só pra piorar as coisas lembrei daquele maldito texto do joão paulo Cuenca em que ele diz: "Perder você faz de mim um agnóstico amargo; mais errante e mais bêbado do que sempre" Foi só pensar nisso que minha auto-conformidade foi pra casa do caralho, e Legião tocando ao fundo não ajudou muito, é como se eu estivesse fazendo as coisas no automático, consigo realizar as ações sem contudo estar presente nelas, algo como um fantasma que apesar de possuir corpo não sabe ao certo como fazer-se dono dele.
O meu ódio por mim aumenta até o limite do suportavel, é duro ter que me olhar no espelho e ver a culpa marcando meus olhos, ver meus lábios apertados em desaprovação, sentir os soluços trancados na garganta e lágrimas salgadas tapando a visão, sentir tudo isso por conta de um dos meus malditos porres e minha mania ridicula de sempre acabar com tudo, é não passo agora de um agnóstico sem chances de voltar a vida...

Custei para acreditar, custei mesmo pra ver, mas vi, eu decidamente sou uma praga, não é com orgulho que digo isso não, eu sou um monstro completo, não consigo acreditar nas atrocidades que faço, descobrir isso a essa altura do campeonato, de duas uma; me perde de vez ou me salva...

Querida Lie,

Se tu estiver lendo isso aqui é por que tudo deu certo e agora tu tem 22 aninhos, é uma idade bonitinha visto que são dois patinhos na lagoa! Bem além do normal que sempre faz parte das felicitações desejo que tu enfim me perca, sim me perca, tu sabe que não podemos continuar nesse pé, tu me usando como se eu fosse teu bode expiatório e não faça essa cara de "eu?" que eu sei que tu está fazendo nesse momento vamos ser francas minha pequena, tu me usa e eu te uso e isso nunca foi um problema muito grande, sabe criar amigos imaginários é bom,mas criar pessoas é diferente, construir minhas ações com o seu fardo de maluca é quase doentio, então minha querida nesse aniversário te desejo que me deixe ir...

Amor, Lúcia.


P.S: Lúcia é meu alter ego, ou perto disso.




Em inglês Harley Quinn, em português Arlequina. Mas o nome de verdade mesmo é Harleen Quinzel e ela é a namorada do Coringa em Batman, bem ela é a namorada dele né? Agora se ele namora com ela é outra história! Criada por Paul Dini e Bruce Timm para a série animada da década de 90, a loira de olhos azuis é uma psiquiatra recém formada fazendo seu primeiro ano de residência no ASILO ARKHAM, que é o sanatório oficial dos super vilões de GOTHAM CITY, ao fazer terapia no Coringa, acaba ficando loucamente apaixonada por ele! Ajudando-o a fugir do sanatório, ao ser descoberta perde a licença médica e ganha uma cela alcochoada em Arkham, quando ocorre o terremoto de Gotham City consegue escapar,indo em busca do seu "pudizinho", para ser aceita ao lado dele porém teve que provar que seria útil, cometendo assim inúmeras atrocidades, ao perceber seu valor Coringa finalmente a aceita.
Com o passar do tempo, porém ele se cansa da paixão dela e tenta livrar-se da Harley Quinn, prendendo-a dentro de um foguete, sendo salva por ninguém menos que a Hera Venenosa, tornan-se melhores amigas, faço questão de frisar que muita gente acha essa amizade colorida demais, eu pelo menos acho que seria um casal lindo!


Resolvi falar da Arlequina por que simplesmente não consigo parar de pensar nela, espero que na continuação de Cavaleiro das trevas ela esteja presente ;)

Relógio marcando 04:22, o sono não me parece tão atraente (você entenderia se passasse as noites sonhando com tsunames estúpidas). Não tenho saco pra msn ou twitter, falar com as pessoas as vezes me sufoca, a luz da sala em um pisca-pisca interminável, como em um maldito filme de terror, a minha xicára do Mickey (presente de Amanda) repousa impertubável cheia de café, pra completar o clima noir, faltava um cigarro, de preferência hollywood, a fumaça subindo ia me ajudar a pensar no que escrever, pelo menos voltei a depositar aqui os meus desconsolos...
Seria um puta desperdício de layout, uma das coisas que me faz ficar acordada (além dos filmes idiotas) é tentar juntar esse enorme retalho que eu sou, dividida em tantas partes, talvez juntá-las seja importante, é meio dificil fazer isso visto que os pedaços não se parecem em nada, como se eu fosse uma especie de frankenstein, só que em uma versão ainda mais bizarra!!!

Talvez não consiga dormir também por que o aniversário dela é amanhã, ops! Hoje! Tá, eu sou maluca, mas já me acostumei!

Não me permito mais bancar a louca (tá, só um pouquinho)e isso meio que me deixa sem chão...

Enquanto isso continuo ouvindo Los Hermanos e fumando cigarros imaginários!

Feliz aniversário, meu Docinho ;*

Pelo menos o guarda-roupa já está arrumado (leia a última postagem), também hoje acabei por ganhar uma oservação feliz sobre o fato de eu estar a 3 dias inteirinhos sem fazer uma merda sequer!. Fiquei feliz com aquilo e naquele momento eu pensei que seria putamente fácil fazer as coisas direito, sem machucar ninguém, sem me machucar!

Ao som de "little respect", berrando:

"I hear you calling
Please, give a little respect
to me..."

Equilibrio, é como se a calma me controlasse, ou pelo menos me ajudasse (um baseado faria efeito parecido!)...

Pode ser o fim de ano, pode ser a eminência de ficar um ano mais velha e ver que a minha vida ainda não está do jeito que eu quero, o que é uma merda, eu queria saber onde vendem disciplina, sei lá algo como um ponto, mas não vendem, então é melhor acordar... Acorda lie.

P.S: Viciada em filmes idiotas!!!





Acho que estou com fome, dia inteirinho pensando em como posso ajeitar as coisas, isso dá um trabalho, como vou conseguir arrumar minha vida, se nem organizar meu guarda-roupa eu consigo? Sei, sei, isso soa meio estúpido, na verdade é...
Posso culpar minha total falta de limites e a maldita complacência que uso para comigo que é totalmente descabida, as vezes queria que alguém gritasse comigo e me fizesse parar, muito embora, eu fosse fingir nem sequer ter ouvido, só quem pode organizar minha vida, deveras perturbada sou eu mesma. Não falo só de arrumar um emprego, falo de tudo, o tudo envolve tanta coisa e também a envolve, ela, isso por si só é um puta motivo, pra que motivo maior?




NÃO LIGO PORRA NENHUMA
PRA PORRA DE NINGUÉM
EM PORRA DE LUGAR NENHUM


Bandita seja a Carol Dodson e bendita seja a Sibby que há uns tempos atrás me emprestou esse livro, lembrei dele outro dia, sabe? Quando todas as paixões me deixaram e eu fiquei a merce do meu vazio, não que tenha me incomodado, até por que eu não fiquei a merce do meu vazio, eu estou com meu vazio, eu sou meu vazio e não importa quem insista em dizer o contrário, etive pensando; pra tudo na vida a escolha é minha, eu posso comer merda e achar gostoso, por que sou eu que estou comendo...

Bem que eu vinha achando estranho toda essa minha paixão completamente desenfreada e sem futuro, porra logo eu, que sempre fiz questão de chutar a porra do castelo no fim do dia (interna.)Me conheço sei perfeitamente o fim disso e sinceramente na altura do campeonato aos 47 do segundo tempo, com a torcida oposta já comemorando o titulo, eu ainda consigo sorrir. Aí vou ter que mencionar o paulo, o único que se dignou a me ensinar algo e eu claro neguei a qualquer tipo de compreensão, mas agora eu saco e acabo rindo disso também, é tudo uma piada tão fudida que só dá vontade de rir mesmo, mas trocando em miudos, agora de cara limpa, diante de todos vocês, digo com um otimismo besta e provavelmente falso: FODA-SE

Meu mundinho ficou pequeno pra mim sabe? As pessoas ao meu redor falam coisas que não escuto, ações imbecis demais ou nobres demais, não importa.]


NADA NEM NINGUÉM, APENAS UM HOLLYWOOD RED E CONDICIONAL (LOS HERMANOS) TOCANDO AO FUNDO.





Encarei-me no espelho.
Minutos ou horas perdida em meu próprio reflexo, a maquiagem já meio borrada me deixando com aspecto de palhaço homicida, sorri a contragosto sentindo vontade de vomitar.
-Faz alguma diferença?- Lúcia atrás de mim encarava-me com o típico riso de desdém escapando por entre os lábios vermelhos.
- Claro que não!- resmunguei enquanto molhava minha nuca e tentava melhorar meu ar de puta aposentada.
- Como pode ter tanta certeza?- insistiu ela.
-Me paga uma bebida que eu te explico...
Com o copo devidamente cheio em minha frente comecei com gravidade, a voz cheia de uma segurança falha, mas ainda assim confiável:
- Compreende o poder das palavras?
- Porra, Natalie tu explica eu pergunto!- reclamou Lúcia entornando o copo.
- Que seja! Sabe Lúcia o poder das palavras é mínimo, o valor que elas possuem é o que a gente dá, apenas isso...
- Ah claro- desdenhou Lúcia em sua melhor cara de deboche, tentei não me incomodar com isso e continuei:
- Sério, humm e esse eu me ajoelhasse agora e te jurasse amor eterno?
- Eu ia ficar histérica de tanto rir da tua cara!
- É o que eu estou dizendo Lu, a palavra amor não é nada, além de uma palavrinha de quatro letras e cheia de fãs ávidos por escutá-la da boca de alguém, quando alguém se magoa por ter sido enganado por outrem foi puramente por que quis. Todo mundo tem o maldito direito de falar o que tiver vontade, independente de ser verdade ou mentira, sabe a gente se decepciona com a nossa própria idéia de felicidade...
- Quase acreditei - riu Lúcia, mas ela agora apresentava uma estranha seriedade, os olhos negros cravados em mim, no fundo deles percebi o mesmo desespero que sempre escapa dos meus.
- Aprende rápido!- ri também sem alegria.
- Tirou isso de onde?- ela mudou de assunto acendendo um cigarro .
Fiz biquinho e sussurrei:
- Lu a gente olhou o horizonte errado!- tomei longos goles de vodka e fechei os olhos, a música que tocava (Condicional- Los Hermanos) me deixou com um nó na garganta, é estranho conseguir tocar a própria angústia , mas a toquei fiz um carinho no seu rosto triste e sorri...
- Natalie?
Abri os olhos.
- Acabou que tu não me respondeu! Faz alguma diferença?
Endireitei o corpo na cadeira, a encarei com o meu melhor sorriso :
- Lu, acorda! Não faz a menor diferença, se o Guilherme morresse o que tu ia fazer?
- Eu morreria junto!- ela disse dramática, enquanto acendia outro cigarro e demonstrava pesar enquanto tragava a fumaça.
- Porra nenhuma! O único trabalho que tu ia ter, seria o de mudar o campo “relacionamento” no Orkut!
Lúcia engasgou com a fumaça em meio as próprias risadas e se defendeu, agora com o habitual cinismo marcando a voz:
- Mentirosa! Eu não sou tão fria assim!
- Sabe Lu? Eu te amo!- revelei com uma inesperada ternura, tirando uma mecha de cabelo que cobria parte do rosto dela.
- Eu tenho que acreditar?- ela parou de rir me analisando com os olhos negros duvidosos.
- Me paga outra bebida que eu te respondo...

"Ah, eu já sei.
Já provei..."

Eu sei, nada é mais desconexo do que um post interno, é mais forte do que eu, tenho que dizer que por mais inédita que seja a situação eu já vi esse maldito filme, as falas desses folhetin ridiculo ecoam na minha mente, assim como o desfecho igualmente dramático e sem nexo.

Fazer o que? Eu vou, eu sempre acabo indo, pode ser por falta de vergonha, por tédio, por carencia, quem liga?

Eu sempre vou entrar nessa tua dança e ainda vou pedir bis... Mas se tu observares de perto, delicadamente de perto, vais conseguir enchergar meus poros e vais ver que eles só dizem uma coisa: teu nome!

Certo, eu estava (ainda) meio bêbada, meio desesperada,meio carente mesmo...
Tá, as vezes eu consigo ser uma porre, foi mais ou mesnos assim:
- #$&*%$# ??- (sem nomes, ok?)
- hummm?
- Eu... te amo.
- Tá, certo...

Romantico né? Mas olha pra minha cara; estou rindo!

Pior que acordar em camas desconhecidas, sentindo gostos desconhecidos é não saber, por quantas vezes mais vão destruir minhas ilusões (tão duramente pintadas em vermelho cabaré) meus sentimentos falhos, quantas vezes ainda terei de recriar minha vida, quantas mergulharei de prédios sem vida, não encontrando descanso e quantas outras ainda acabarei por acreditar em qualquer coisa que seja? A curiosidade se espalha pelos cantos escuros (empoeirados) dos meus pensamentos, a grande verdade é que ainda sou aquela garotinha idiota encolhida na mesa de algum bar rezando meio sem fé, em deuses que me fizeram crer existir...
Criatividade, só preciso disso para me sentir melhor, faço de conta que sei onde isso vai dar (na verdade sei sim, sempre soube) me concentro em coisas, que nem sequer existem, fico esperando algo que me faça vibrar como uma dessas cordas de guitarra, algo que faça valer toda essa curiosidade besta de um futuro tão tedioso quanto o presente. Peço uma bebida enquanto isso, vou fingir (magestralmente) que sei o que fazer, conheço onde piso, até já ensaiei minhas falas e se você quiser esperar comigo, beber comigo, dormir comigo, morrer comigo, eu estou aqui. Eu sempre vou estar.

Poderia ter sido qualquer pessoa cruzando a entrada do Campus, mas não, era você e isso muda tudo. É possível se (re)apaixonar por alguém apenas por dividir o mesmo ônibus? Na metade de um segundo você acenou, na outra metade eu era sua outra vez.
Amaldiçoei a minha memória, lembrei de tudo com uma nitidez estúpida e por isso mesmo dolorosa, a textura da sua mão ainda me arrepia nem preciso de toque, nem presença, apenas a lembrança da sua respiração no meu pescoço, salva (arruína) meu dia.
Digo seu nome baixinho, experimentando as letras que o compõem, saboreando as silabas, acariciando o som produzido, lembro agora que ele foi a coisa mais sagrada que já pronunciei nas esquinas sem luz dessa cidade, nos becos impuros dos meus pensamentos te carregando e protegendo de tudo e todos...
Você sentou justamente na cadeira da frente me sorriu e mergulhou em seus próprios pensamentos, acalentei uma esperança besta de recomeço, de volta, te teria de volta assim de maneira total e perfeita. Sorri dos meus devaneios frágeis e voltei a olhar a paisagem deprimente que se desenha enquanto não chego na Ufma, uma pena não se poder fumar no ônibus!

A lei é clara, sempre mais do mesmo, a gente é que inventa novidades para não morrer de tédio, inventamos tudo, desde situações bizarras, sentimentos simples ou até mesmo avassaladores, nunca pensou que é tudo previsível de dar dó? Admiro a teimosia humana de investir em algo, acreditar piamente naquilo que já está perdido, será isso que chamam de fé? Não sei, nunca pensei muito nesse assunto, sei apenas que invento e acredito nas minhas ilusões, acredito de maneira visceral, acredito tão completamente que já não sei o que invento, o que sinto, o que digo ou faço, tudo está misturado demais para uma compreensão correta. Ou deveria dizer que acreditei? Você não partiu apenas meu coração, você destruiu a minha capacidade de conseguir inventar sentimentos, criou uma fabula cretina e errônea, maculou o meu suposto amor próprio. Mas também me salvou, tirou minha diversão predileta e mais perigosa, morrer de amor agora já não faz sentido, gritar teu nome em praça pública deixou de ser a maior ambição da minha vida...
Madrugada, já estou meio tonta procurando qualquer coisa que se não me salve ou menos me perca de uma vez, essa dormência que nasceu no lugar errado, fica grudada na garganta explode em forma de riso descrente... Preciso de uma ilusão, é meio desesperante saber que a vida por mais interessante que seja precisa de uma mentira, um fingimento qualquer e eu agora grito qualquer nome que seja...
Pode ser alguém, alguns, poucos só não pode ser nenhum. Eu te invento e te amo, só não acredita, não vale a pena.

Pois bem, sou a autora do extinto (www.prefironocomentar.blogspot.com) porém devido a problemas pessoais ele deixou de existir então cá estou, iniciando um blog que vou me esforçar para que seja leal para com meus sentimentos e que tente agradar quem vem aqui e se dispoem a ler meus absurdos...
Com o tempo vou postar de maneira regular e vou tentar deixar isso aqui com a minha cara, bem vindos!