Horizonte errado

É aqui, pinto meus pesadelos, derreto mesmo diante de pedras de gelo, aqui eu me encontro de um jeito que não é real, mas aqui também me perco...




Não sei direito como medir em que termos te amei, nem sei ao certo se a palavra certa é amor, esse vazio cínico me doí, acredite doí mais em mim do que em você, é como acreditar que tantos suspiros e desesperos, não valeram de nada, não conseguiram te definir e nem sequer te explicar toda essa paixão que agora morre, me abandona e termina por me matar também.

Tá chovendo pra caralho lá fora meu amor, agora sempre chove mesmo estando sol a pino, me fazendo suar frio e em bicas, desfragmentar você em mim foi maior do que montar você, por que você necessitou de todo um projeto, você surgiu aos poucos e quando eu vi estava maior que a Torre de Babel e agora você desaparece assim de maneira definitiva, abrupta e por isso mesmo terrivelmente dolorosa. O castelo me prendeu, mas também me aninhou nas noites em que a insonia ferrava com tudo, como vou viver sem a impossibilidade de viver sem você? Isso me deixa estática, a sua presença e a sua ausência, dupla maldição que sempre ansiei, agora não existem mais distrações, agora é a vida real.

2 comentários:

Bem vinda a vida real!

É possível. A gente sempre vive, sempre continua. E vai se descobrindo aos pouquinhos, mais forte. Talvez insegura, mas forte. E continua...

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Comenta nessa bodega, apenas se tiver compreendido, beleza?