Horizonte errado

É aqui, pinto meus pesadelos, derreto mesmo diante de pedras de gelo, aqui eu me encontro de um jeito que não é real, mas aqui também me perco...

O que tem pra fazer nesse fim de mundo? Além de beber, fumar e dar um jeito de arrumar mais grana? O sol forte atrapalhava a minha visão, talvez fosse a ressaca, beber duas garrafas de vodka vagabunda não tinha sido a minha ideia mais brilhante, tá, eu nunca tenho ideias muito brilhantes de qualquer forma. Álvaro tinha completado exatos 30 anos no dia anterior, talvez ele resolvesse casar, ter filhos e um emprego com carteira assinada, (duvido pra caralho disso, mais tragédias sempre podem acontecer). Peter, meu fiel escudeiro havia partido pra aventuras além-mar, o que me deixava sozinha e sem nenhuma vontade de ir na "nossa" boate predileta, mas sei bem que no fim todo mundo decente vai embora dessa merda, mas não ligo, vou me entupir de sorvete que passa.

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Comenta nessa bodega, apenas se tiver compreendido, beleza?