Horizonte errado

É aqui, pinto meus pesadelos, derreto mesmo diante de pedras de gelo, aqui eu me encontro de um jeito que não é real, mas aqui também me perco...


Luisa, detestava moscas na verdade também detestava borboletas, pernilongos e qualquer coisa que possuísse asas, inclusive aviões mesmo que feitos de papel.

Luisa de meias vermelhas, sussurrava no escuro planos para roubar a barraca de churrasquinho da esquina, fugir para Colômbia e ficar rica. Luisa ouvia Emilie Autumn no último volume, usando a mesma camisa xadrez que ganhou do9 namorado se achando absolutamente cool por isso.
Luisa dividia palavras, reinos e paixões como quem pica cebolas e tomates.
Luisa espalhava (e ainda espalha) meus medos como se fossem jornais velhos, fumava meus cigarros da maneira mais inconveniente do mundo, metendo ironias tímpano abaixo e me chamando de brocha.
Luisa adorava correr, corria por qualquer coisa, um dia ela correu tanto que não voltou, deve estar correndo até agora, longe desse babaca bêbado e dessa saudade escrota.

Luisa, falar de você no passado só me dói por que você não vai estar presente no meu futuro, falar de você dói porque esse passado nem sequer existiu, talvez eu esteja ficando louco. Luisa é assim que você se chama?

2 comentários:

Você, sempre escrevendo essas deturpações impossíveis.

Luisa deve ter vendido as cartas que você deu pra ela pra algum escritor fajuto e ido pra Colômbia!

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Comenta nessa bodega, apenas se tiver compreendido, beleza?